Luto de pessoas vivas

Perdas que não se veem, mas se tocam. O luto de pessoas vivas se torna uma oportunidade de se reinventar no compasso dolorido de quem ainda caminha.
Carregar o que ficou na pele, na alma. Sentir no respirar, no olhar, no pensar a ausência-presente. A vida continua, a maré vem alta e, no vai e vem das ondas, tento encontrar meu próprio nado.
Depois da sua partida, em vida, (eu) também não voltei. Aliás, me perceber no (des) conhecido e me desconhecer para (re)aprender uma nova dança foi desafiador. Vi tudo mudar.
Inclusive, eu.
Eu precisei viver o luto de pessoas vivas para me sentir vivo.

Silvestre Neto
CRP 09/20038

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