A voz do amor é o gesto

A voz do amor não se faz ouvir apenas pelas palavras. Ela se manifesta, sobretudo, nos gestos — nos detalhes que muitas vezes passam despercebidos, mas carregam dentro de si a essência do cuidado. Amor, de verdade, não precisa ser anunciado o tempo todo.

Há algo de profundamente bonito na linguagem dos gestos, porque eles não mentem. Ouvir com atenção o que não foi falado, estar presente sem cobrar nada — isso não se finge.
O gesto é o amor sem disfarce, é a palavra tornada corpo, ação, presença.

A criança não lembra exatamente das palavras que ouviu dos pais quando pequena, mas se recorda das mãos que a seguraram quando teve medo, dos olhos que a olharam com ternura, do colo que sempre esteve disponível. Amor, nesse caso, não foi dito. Foi vivido. Quando alguém age com carinho, com paciência e cuidado, aquilo que se sente ganha corpo, vira experiência, cria memória.

Há quem diga que o amor precisa ser dito, e isso é verdade — ele deve ser expressado, valorizado, comunicado. Mas é o gesto que dá credibilidade à palavra. É a atitude que sustenta o que foi prometido.

Amar é, muitas vezes, sair de si e entrar no mundo do outro. É perceber a necessidade não expressa, é estar atento ao que não foi dito. A linguagem do gesto é atenciosa-sensível. Não precisa de plateia, não precisa de recompensa. Quando se ama, o gesto é natural — simplesmente acontece, como uma flor que nasce sem pedir licença.

É no gesto que o amor encontra sua voz mais sincera — aquela que não grita, mas permanece. Que sejamos gesto.

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