A construção dos olhos. Como enxergar a terapia?

// Há uma verdade silenciosa que paira sobre nós desde os primeiros olhares trocados entre seres humanos: os olhos nunca precisam de legenda. Eles falam antes das palavras, além das palavras, e muitas vezes em vez delas.

São uma linguagem universal que ultrapassa culturas, idiomas e tempos. Em cada olhar, há uma história que escapa ao controle da boca, uma emoção que não precisa ser traduzida. Os olhos revelam o que a boca tenta esconder. Eles denunciam o medo, a saudade, o amor, a alegria que explode e a dor que sufoca.

São confessionários silenciosos onde se revela o que não se ousa dizer em voz alta.

Em uma conversa verdadeira, o que se ouve com mais clareza não vem dos lábios, mas do olhar. Porque as palavras podem mentir, podem ser bem ensaiadas, manipuladas, camufladas. Os olhos, não.

Os olhos não têm disfarces. Eles expõem à alma como um espelho sem filtro. Por isso, muitas vezes, evitamos o olhar direto quando estamos vulneráveis. Olhar nos olhos é se entregar num mergulho no outro — e em nós mesmos.

Talvez seja por isso que, mesmo quando estamos distantes, basta um olhar – numa foto, numa lembrança, numa presença inesperada — para que tudo seja compreendido.

A verdadeira comunicação vai muito além do que se diz. É por isso que nenhuma legenda será necessária, porque já estará tudo dito. Nos olhos.

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Silvestre Neto

CRP 09/20038

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